Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca e o novo coronavírus

A Sensibilidade ao glúten não celíaca – SGNC é um diagnóstico de exclusão, ou seja, indivíduos que já descartaram Doença Celíaca e Alergia ao Trigo, porém apresentam desconforto importante em resposta a ingesta de glúten. Para confirmação é realizado um teste onde inicia-se dieta isenta de glúten com remissão dos sintomas.

Essa condição é pouco estudada e muitas perguntas permanecem sem respostas, ainda temos muito a esclarecer. Os sintomas assemelham-se a Doença Celíaca e a Síndrome do Intestino Irritável, e, podem ir desde desconforto abdominal até dor incapacitante.  Sintomas inespecíficos como cefaleia, náuseas e fadiga também podem estar presentes.

Não temos evidências suficientes que comprovem que Sensíveis ao glúten possam seguir uma dieta sem glúten sem fazer controle da contaminação cruzada. Novas pesquisas estão em andamento, porém, hoje o consenso diz que sensíveis ao glúten devem seguir a dieta isenta de glúten – DIG sem transgressões e tomando todos os cuidados em relação a contaminação cruzada. Muitos sensíveis ao glúten se sentem no direito de comer pequenas porções de glúten “de vez em quando”, entretanto infelizmente não temos como aferir o dano que essa escapadela pode causar.

Nos últimos dias nos vimos bombardeados por informações sobre a pandemia da COVID-19. A cada dia surgem novas dúvidas e novos protocolos. O que sabemos é que precisamos de todas as nossas “armas” para combatermos esse vírus, por isso é tão importante tomarmos todos os cuidados.

Como o Sensível ao glúten não celíaco pode se proteger?

Mantendo o isolamento social e uma vida saudável.

Boas condições de higiene, sono regular e atividade física contribuem muito. Várias academias estão disponibilizando aulas on-line, procure uma atividade com a qual se identifique e reserve um momento para você. Cuide da sua saúde mental, aproveite o isolamento para ler aquele livro esquecido na estante, retome seu bordado ou faça os reparos na sua casa que há tempos vem sendo adiados.

Lembre-se de lavar as mãos com água e sabão a todo momento, guarde o álcool gel para quando isso não for possível. Caso a sua atividade profissional não permita o isolamento social tente usar transporte público em horários com menor movimento e higienize frequentemente seu instrumento de trabalho. Procure manter as janelas abertas, os ambientes bem ventilados e evite aglomerações. Alguns hábitos que já estão incorporados em sua rotina tornam-se ainda mais importantes, nada de compartilhar objetos pessoais ou dividir copos e talheres.

As informações sobre a COVID-19 são muito dinâmicas. O Governo está estudando a possibilidade de mudar a recomendação quanto ao uso de máscara por indivíduos assintomáticos. Essa orientação é bastante controversa, embora não existam estudos que comprovem a eficácia, alguns infectologistas acreditam que possa fazer diferença e diminuir a possibilidade de contágio. Lembre-se que a máscara descartável tipo cirúrgica deve ser trocada a cada 4 horas ou sempre que estiver úmida. Caso use máscaras de tecido elas devem ser de tecido duplo. Assim que retornar para sua casa elas devem ser lavadas e de preferência fervidas,

Não esqueça que sua maior aliada nessa batalha é a dieta isenta de glúten sem contaminação cruzada. Cuide-se!

Dra. Danielle de Castro Kiatkoski
CRM 14254 Pr
Gastroenterologista do INCIGAP / Curitiba – PR

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